© António Manuel Pinto da Silva @ www.olhares.com
Não são as amoras
que se elevam
não,
mas os olhos que nelas caem.
Nem é o peito
que se ergue
não,
mas as mãos que aí mergulham.
Não é a água
que no corpo salta
não,
mas o faro desperto que a bebe.
Nem é a manhã
que da alegria fala,
não,
mas a luz da noite que a escreve.
Não é o instante
que se declara
não,
mas a eternidade que o manteve.
No teu peito de amoras
a água aviva uma luz absurda.
Guarda o cheiro inesquecível do tempo.
(em celebração da xi)
5 comentários:
do mais profundo de mim :
Tá bonito, tá.
Joaquim
Estás apaixonado....
E muito apaixonado mesmo!
Que contradição do catano...
Espectaular....
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