29 de junho de 2005

praia

© carlos duarte @ www.olhares.com

É agora. A água passa
liberta agulhas
despertas, tu

agora devagar
– pode ser –
começas.

A mão move
precisa os dedos eles
tocam como as agulhas
despertam
e é agora, de claridade
nos cegas.

A boca inicia
algo exacto
mas como a água passa
luz liberta
o beijo alarga em
clarão.

E manifesta-se
mais como as agulhas.
É já outro
habita nova morada.
Como o osso de um pardal
onde deus viveu
esta manhã.



2 comentários:

Anónimo disse...

a claridade que cega
já não está onde viveu
o pardal despertou
e perdeu-se no mar

:)*

Anónimo disse...

Imagens bonitas de forte cariz erótico, suaves, mas com demasiadas agulhas........