17 de fevereiro de 2015

rios de mim


SebastianWagner
Tenho tantos rios para dar
e nenhum deserto espera por mim
para florir.
Apenas vazio e rochas agrestes
que não querem a minha água.
Onde irei desembocar os meus rios?
As nascentes borbulham de impaciência
contidas até ao esmagamento
na espera, até agora inútil,
de um vale que me contenha.

in “o tigre e outras marés”

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