passear o tempo: impossibilidade

22 de janeiro de 2015

as impossibilidades enchem-me de vazio.

se tudo o que sinto for impossível,

o que resta?

não há mãos, nem grilos,

nem sequer sapos.

in “o tigre e outras marés”

Como passamos o tempo?

Às vezes passamos.

Parece que não sabe a nada.

Tanto tempo, tantas vezes

para nada.

Em vez de passar o tempo,

podemos experimentar passear

o tempo. Como se fossemos

visitantes de um país fascinante

e prometedor. Olhar para os dias

como um lugar onde podemos

encontrar chupa-chupas

e gelados, cerejas e pirolitos.

E comê-los.

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Neste blogue reúnem-se

contributos de diversos autores.

Salvo referência explícita, os textos

são da nossa autoria. Nas traduções,

nem sempre conseguiremos

encontrar o nome do tradutor.

As imagens, por regra, são colagens

nossas, feitas a partir de diversas

origens. Quando tal não acontece,

os autores estão referidos, sempre

que possível.

Agradecemos a todos

os autores que nos inspiram

a Passear o Tempo.