2 de março de 2005

gémeos


ao início,
de sonhar fundidos,
(um são dois, dois são um)
(eu sou tu, tu és eu)
despertaram para a unidade,
sem acreditar.
(eu sou eu, tu és tu?)

acordados ainda se confundiam.
(esta mão, que é tua, é minha)
da confusão, nasceu a luta.
(esta mão, que é minha, não a quero)
viveram dias
na batalha da identidade.
(eu não sou tu, tu não és eu)

por fim,
viram que são realmente dois
e estão unidos



1 comentário:

l disse...

A lucidez de fluir deixa que a luz surja, iluminando de novo, construindo a graça, gerando a paz.

Não mais dois em um. Mas um em dois.

Unidos, sim.
T